quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Esta foto aí é de uma viagem muito bacana que Adriana e eu fizemos para o Rio de Janeiro. Além de nós estão na foto os escritores Moacir C. Lopes e Eduarda Zandron. Moacir é um escritor famoso, basta dizer que é o autor de A ostra e o vento e todos saberão quem é. Quando ainda fazia graduação tive oportunidade de assistir na UFV uma palestra dele e foi o suficiente para que eu lesse sua obra e o pesquisasse na monografia que fiz para o bacharelado em Estudos Literários (UFOP). Sempre trocando e-mails com o escritor acabamos nos tornando amigos. Tive oportunidade de encontrar com o Moacir duas vezes em Belo Horizonte e nesta aí, quando fomos ao Rio e ficamos hospedados na casa da amiga Gláucia Mendes, que morava bem próximo do casal.
No meu livro Os deuses comem pão e outros poemas, dediquei um poema ao Moacir C. Lopes:


O homem do mar

A Moacir C. Lopes

O mundo sopra
o vento, que adentra
feito corrente de ar
a sua morada.

O sopro
uivado na bananeira
atravessa a janela
percorre corredores.

O vento circunda
adentra o peito do homem
do mar. Labirinto
e sonho de voar.

O suspiro do homem
vira vento no mundo.
As folhas se contorcem
bananeira a uivar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

            O amigo que aparece nesta foto chama-se Dirlenvalder Loyolla. O Dirlen é poeta, mestre em literatura brasileira pela UFMG, foi professor da Unilinhares em Linhares-ES, e atualmente é professor da Unimontes, em Unaí-MG. É autor do livro Poética da reflexão: um estudo sobre Grande Sertão: Veredas (2009). Conheço o Dirlen desde 1999, quando ingressei na faculdade de Letras da UFOP. É dele o texto publicado como posfácio no meu livro Os deuses comem pão e outros poemas. Guardo desde a época da UFOP a amizade de pessoas importantes como a Daniele Fardin, o Ednaldo Moreira e o Úmero.
            Reproduzo aqui o texto do Dirlen:



ENLOUQUESENDO O POSSÍVEL TEXTO
(posfácio)

Dirlenvalder Loyolla

            O R que falta ao BASIL–Edifício do poema-narrativa Os Deuses Comem Pão, de Marcos Vinícius Teixeira, não pode ser apenas o R comum da palavra Razão. O livro, também mosaico de idéias sobre a trivialidade da vida contemporânea, mostra-se, metalingüisticamente, também como questionador da existência humana, da aventura empírica do conhecer ante o explorar o mundo sem as graças da experiência. Para tal empenho, com efeito, nada mais apropriado do que a figura do criador (mais ainda: do criador-personagem dentro de um mundo extremamente confuso; um mundo de dados e verdades várias, fragmentadas sofias e de perda contínua do sujeito conhecedor (o sujeito que lia?).
            Em seu poema, Teixeira consegue captar bem o processo de perda do “ser pensante”, processo este iniciado a partir do desenvolvimento de nossa mentalidade ocidental tecnoconsumista. A técnica utilizada pode ser detectada a partir do momento no qual o autor cria um narrador “econômico” em seu discurso. A descrição dos personagens e dos ambientes, seguindo tal economia discursiva, consegue identificar eficazmente o processo individual de perda sofrido pelos “entes” do poema: os personagens, o edifício, as cidades, o Brasil.
            O universo dessa narrativa lírica teixeireana desenha-se através de cores “cansadas”, desbotadas e perdidas em seu transcurso original. As coisas não têm mais sentido, uma vez que tudo se resume numa massa compacta e feia, sem objetivo, limites ou desejo de perpetuação. As coisas parecem haver se acostumado a um estado deplorável de ser: mostram-se como coisas vendidas, prostituídas, esgotadas, mortas. Interessantemente, a perda de um centro instaura a confusão caótica de tal universo. É nesse sentido que a loucura evidente se torna a bandeira de todos os “possíveis personagens”, uma vez que, na ausência de um centro gerador, todos são possíveis personagens ou são, com efeito, centros geradores em potencial.
            Dentro desse mundo positivo e pragmático ainda existe espaço para uma contemplação metafísica, evocada unicamente através de um apelo simbolista. Tal apelo não poderia existir, logicamente, se não fosse a partir de um breve parênteses. No mais, a vida continua pulsando, mecanicamente, em sua superficialidade. Superficialidade de Minas? Superficialidade brasileira? Humana? O novo existe ou existe apenas a vontade do novo? A saída do tormento (se há saída de tal tormento) ainda estará, no futuro, ligada à fuga pela Arte? A humana condição humana jamais se libertará de sua essencialidade negativa, a qual anseia pelo resumo de tudo. A vida, mesmo assim, fornece-nos as chaves (que não funcionam, com certeza!) relacionadas ao mistério; e se não fossem essas entorpecências “amarelas” (pingas páginas) para tranqüilizar-nos a alma? “Enlouqueser” podemos. “Enlouquesomos” o que podemos ser; textos revistos a cada dia.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Alguns amigos que não conhecem Caratinga e estão com vontade de ir ao lançamento e conhecer a cidade do Ziraldo me pediram informações sobre a cidade. Avisei-os de que a noite de autógrafos será algo bem simples, será um bate papo com venda de livros. Mas de fato é uma oportunidade para conhecer a terra das Palmeiras Imperiais, do Menino Maluquinho, da Pedra Itaúna, do Maxs Portes, do Fernando Campos, do Ruy Castro e de vários caratinguenses importantes. Para os amigos que vem de fora, algumas informações:


 
A Casa Ziraldo de Arte e Cultura fica localizada na Rua Benedito Valadares, n. 15, no centro de Caratinga, perto de tudo. O mapa abaixo marca a localização do espaço cultural. Visitem o blog da Casa Ziraldo. A rodoviária fica praticamente no início da Av. Moacir de Matos (no seu encontro com a rodovia). Recomendo o site da prefeitura. Este outro site também pode ser relevante para consulta. Enviarei outras informações por e-mail. Até dia 08 de outubro!




(o mapa do google possui erros, mas quebra bem o galho)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Essa foto aí foi tirada no dia 27 de julho de 2010 na casa do Maxs Portes em Caratinga-MG. Nesse dia o poeta reuniu uma turma muito bacana, assunto bom e música boa não faltaram. Aproveitei para ver alguns de seus manuscritos. Entre o Maxs e eu está meu irmão, o arquiteto Adriano Teixeira, que vem fazendo um trabalho muito bacana na cidade. Todas as noções de arquitetura que tenho aprendi com ele.
Aproveito para agradecer ao Eduardo Fraga, que publicou nota do lançamento do meu livro na sua coluna, no site A Semana Agora. Abraços.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


As bibliotecas da FIC, da UNEC e a Biblioteca Pública de Caratinga já receberam o livro Os deuses comem pão e outros poemas. O livro foi doado em julho e a disponibilidade no acervo depende evidentemente do tempo de cadastro de cada instituição. A informação está dada. Quem quiser conferir a lista de bibliotecas que possuem algum livro meu, basta clicar aqui.
Na edição de hoje, 16/09/2010, o jornal Diário de Caratinga publicou nota informando que o lançamento de meu livro será no dia 08 de outubro. Abraços para toda a equipe do Diário. Também recebi convite da amiga Raquel Borsari para fazermos uma matéria sobre o lançamento.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lançamento na Casa Ziraldo


Aí está o primeiro "panfleto digital" para divulgar o lançamento que farei na Casa Ziraldo de Cultura e Arte em Caratinga-MG, no dia 08/10/2010, às 20 horas. Preciso agradecer aos amigos, ao Maxs Portes, ao secretário de cultura Juarez Gomes de Sá e ao cartunista Edra, pelo apoio na organização do evento. A Casa Ziraldo é um espaço cultural muito importante para a cidade e tem abrigado exposições diversas e lançamentos de livros.

O lançamento será em Outubro

Em julho estive em Caratinga, onde nasci, para prestigiar o Festival Cultural da cidade e, claro, visitar os parentes e amigos. Após passagem pelo Diário de Caratinga, jornal no qual trabalhei (em 1998) e fiz amigos, acabei virando matéria de quase uma página. O jornal, datado de 29/07/2010 divulgou a minha primeira ideia, que era fazer o lançamento do livro em Caratinga em dezembro, mais precisamente no dia 05, quando se comemora o Dia do Escritor Caratinguense. A ideia da data me havia sido dada pelo amigo Maxs Portes. Por vários motivos achei melhor antecipar o lançamento para o próximo 08 de outubro.


O lançamento foi antecipado para outubro: 08/10/2010, às 20 horas, na Casa Ziraldo
www.marcosteixeira.hd1.com.br

Lançamento de livro - 17.04.2010


No dia 17 de abril de 2010 participei de um evento literário na Associação Pré-UFMG, em Belo Horizonte, fazendo o lançamento do meu livro Os deuses comem pão e outros poemas. Antes porém pude assistir a um concurso de poesias e à apresentação do grupo Só para raros. O evento foi fechado para os alunos e funcionários da instituição, sendo realizado em sua biblioteca. Abaixo estão algumas fotos nas quais aparecem os amigos Kaio Carmona, Thales, Ramon e sua filha, Cláudio Adriano e o grupo Só para raros. Ficou faltando fazer um lançamento que fosse aberto a todos na capital mineira...



Quero deixar registrado aqui o meu agradecimentos a todos da Associação Pré-UFMG e aos amigos-professores que compareceram ao evento. Dentre eles: Otávio, Pollyanne, Matheus Martins, Marina, Aglayr, Adriane, Roberto, Fabiane, Paulo Lamac, Istéfani e Nina.